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Cortes de Cima

Sub-região: Vidigueira.

Enólogos: Engs. Hans e Anna Jorgensen (Enóloga Revelação do Ano de 2021 - Revista de Vinhos).

A Cortes de Cima é uma vinícola familiar fundada pelo casal americano-dinamarquês, Hans e Carrie Jorgensen, na região do Alentejo, em Portugal. O projeto teve início em 1988, quando o casal partiu em um veleiro com o objetivo de encontrar um lugar para estabelecer residência, criar uma família e plantar uma vinha.

Ao chegarem no Alentejo, Hans e Carrie encontraram apenas terras improdutivas e algumas construções abandonadas, mas a região lembrava Carrie de sua terra natal, a Califórnia. Já Hans, que nasceu na Dinamarca, ficou simplesmente encantado pelo sol mediterrâneo.

Entretanto, antes de embarcarem na aventura do mundo dos vinhos, Hans e Carrie consultaram a Universidade de Davis, nos Estados Unidos. Após analisar o clima da Vidigueira, o famoso Departamento de Enologia da instituição aconselhou o casal a plantar apenas castas tintas, ainda que tradicionalmente esta fosse uma região de uvas brancas. Assim, a maior aposta foi a casta portuguesa Aragonez, seguida pela internacional Syrah e, posteriormente, outras uvas em pequenas quantidades, como Trincadeira, Touriga Nacional, Castelão, Cabernet Sauvignon e Petit Verdot.

Hans e Carrie também contrataram o Dr. Richard Smart, um conhecido consultor australiano de viticultura, que implantou o seu sistema de capota elevada de trepadeira, permitindo uma circulação extra de ar, o que evita o desenvolvimento de fungos e aumenta a exposição ao sol das videiras, dando uma maior concentração de cor, aroma e sabor às uvas.

Nos primeiros anos do projeto, enquanto as uvas ainda cresciam, o casal plantava girassóis, tomates e melões para pagar as contas. Até que, em 1996, Hans e Carrie construíram uma adega no meio das vinhas, com o objetivo de produzir seus próprios vinhos. A vinícola então fez um trabalho pioneiro com a uva Syrah, pois, pelas regras da Denominação de Origem do Alentejo da época, nenhum vinho poderia estar rotulado com esta casta. Dessa forma, nascia ali o icônico vinho “ilegal”, chamado de Incógnito, produzido pela primeira vez em 1998. O resultado foi um enorme sucesso, com o vinho ganhando notoriedade em diversas premiações internacionais.

Ao longo dos anos, com todas as melhorias implantadas, a vinícola produziu outros rótulos de sucesso, dividindo sua produção em vinhos brancos, rosés e tintos. Além da viticultura, a propriedade também produz um Azeite de Oliva Extra Virgem de qualidade superior, obtido apenas por processos mecânicos.

A Cortes de Cima se destaca por estar sempre em constante evolução, em busca de aprimorar suas vinhas e suas técnicas de produção de uma maneira segura e sustentável. A sua propriedade principal conta com 99 hectares de vinhas, sendo 64 hectares plantadas na Vidigueira, no coração do Alentejo, e 35 hectares plantadas no litoral Alentejano, em Vila Nova de Milfontes, zona com um clima costeiro mais fresco, ideal para as uvas brancas.

Atualmente, a viticultura e a área da enologia são de responsabilidade de Anna Jorgensen, filha do casal fundador. Anna mantém a tradição familiar de busca contínua por inovações e qualidade e tem obtido sucesso; prova disso, é que Anna foi eleita como Enóloga Revelação do Ano de 2021, pela Revista de Vinhos. Nos últimos anos, diversas melhorias foram feitas nos vinhedos com o intuito de aprofundar práticas de viticultura biológica e uma enologia de mínima intervenção.