A Marquesa viveu uma vida intensa e dramática, sem nunca se deixar vencer. Passou 18 anos de sua vida em uma prisão por conta da perseguição de Marquês de Pombal, um nobre e diplomata português que liderou a retaliação do escândalo político conhecido como “O Processo dos Távoras”. Esse acontecimento se deu por conta de uma tentativa de assassinato do então Rei de Portugal D. José I, em 1758, por parte da nobre família Távora. Por conta de seu parentesco com os acusados, Leonor foi encarcerada e sua família foi perseguida.
Sempre vivendo uma vida intensa, a Marquesa de Alorna influenciou a política, conheceu paixões ardentes, experimentou a opulência e a pobreza, a veneração e o exílio. Leonor atravessou quatro reinados, foi dama da Rainha D. Carlota Joaquina, assistiu às pretensões de D. Pedro, Imperador do Brasil, em herdar duas coroas: a Imperial e a Real, e viu também o Império do Brasil se tornar formalmente independente de Portugal.
Em 1779, casou-se com Carlos Augusto D’Oeynhausen, um militar austríaco, na bonita capela da Quinta da Alorna e o jantar e a noite de núpcias ocorreram no Palácio da Quinta da Alorna. Antes de se casar, o marido de Leonor teve um filho, João Carlos d’Oeynhausen (1776 -1838), com outra mulher. João Carlos sempre foi muito bem recebido pela Marquesa e teve o privilégio de receber uma parte da educação da culta poeta. Essa educação muito contribuiu para a sua carreira brilhante como Brigadeiro do Exército, Governador do Pará, Ceará, Mato Grosso e São Paulo, Ministro das Relações Exteriores e da Marinha do Brasil.